quarta-feira, 16 de setembro de 2009

TCSÓ

Muitas pessoas têm me perguntado como é fazer um TCC sozinha. Tenho vontade de responder: “É como fazer em grupo, mas sem dor de cabeça”. Mas eu jamais poderia responder isso com propriedade, já que nunca fiz um TCC em grupo. Além disso, seria injusto com os grupos harmoniosos (?).

Tomei a decisão no 3º ano da faculdade quando me vi diante da impossibilidade total (sim, assim bem redundante) de fazer meu último trabalho da faculdade com a única pessoa que iria gostar dos mesmos temas que eu, se apaixonar e colocar a mão na massa com vontade.

Porém, o maior motivo foi a convicção de que escolher um tema para o seu Trabalho de Conclusão de Curso, ou seja, que expressará o que de mais especial você enxergou nos quatro anos de faculdade, é uma tarefa muito individual que envolve seus gostos e escolhas dentro da profissão que escolheu.

Foi assim que decidi escrever uma monografia sobre Jornalismo Político. Uma monografia que mostrasse os avanços dessa especialidade sem cair no otimismo de uma aluna de último ano que nunca trabalhou nessa área, nem no pessimismo da maioria dos estudos que pesquisei.

Depois de muito recorte, filtragem de informações e pesquisa fechei o tema na investigação no Jornalismo Político. A hipótese do trabalho é que ela não é tradição na especialidade e surgiu como uma cobrança da sociedade democrática.

Bom, mas como é fazer um trabalho como esse sozinha? Brinco que tenho meu gato para o cafuné (ele está sempre ao lado do computador ou em cima do teclado), meu namorado para criticar, minha mãe para achar tudo lindo e minha orientadora para dividir as angústias e encontrar saídas. Então, estou completa!

A verdade é que é uma delícia. Discutir com você mesma, questionar suas próprias ideias, falar sozinha e o principal: saber que só pode contar com uma pessoa, você. Um verdadeiro exercício de autoconhecimento.

Gosto de grandes responsabilidades e nenhuma maior do que não ter com quem dividir a culpa, caso algo dê errado. Filha única que me tornei, aprendi a lidar com isso desde cedo.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Cesto de lixo branco

Há um cesto de lixo no meu quarto. O coitado nunca viu nem um sinal de lixo, nem uma bolinha se papel sequer. Os rascunhos continuam ao lado do computador, junto com os lenços de papel usados. Sempre o encaixo na cabeça enquanto digito, o uso de chapéu quando estou sozinha.

Compramos juntos. O seu é preto, o meu é branco e eles estão mais distantes do que nunca agora. Racional como você é, já o usou muitas vezes. Já encheu de lixo, talvez até as minhas fotos e cartas tenham passado por ele. O meu não sai da minha cabeça assim como todas as outras coisas que me lembram você.

Ele pressiona minha cabeça e dá uma sensação gostosa, parece que vai escapar, mas não escapa. Com você também foi assim durante muito tempo, embora a sensação de fuga não fosse tão boa assim. Pressionava, ameaçava escapar para que eu te usasse de acordo com a função que você tinha na minha vida, mas não escapava.

Você precisava ser alimentado assim como o cesto de lixo. E eu ali, fabricando muito alimento, engordando cada vez mais seu conteúdo, mas sem jogar dentro de você. Todo mundo via, eu mostrava pra todo mundo, só você que nunca sentiu o gosto.

Eu acho mesmo que eu preciso aprender a usar meu cesto. Vai que um dia ele escapa ou enferruja.

Palpiteiros virtuais

Sempre me incomodei com as sugestões de outros itens de compras que saltavam da tela todas as vezes que eu pesquisava um produto na internet. Incomodava-me porque não respeitavam a singularidade de cada comprador. Não é porque pesquisei o CD do Chico Buarque que necessariamente eu vou gostar do Caetano.

Chatices a parte, eu imagino que a ferramenta deve alavancar horrores as vendas. Não porque a chance de acerto é grande, mas porque joga na cara do comprador outros produtos que ele pode levar por impulso ou para presentear alguém.

Fiz o teste no site da Americanas, cliquei aleatoriamente em uma de suas ofertas, a coleção de livros de Stephenie Meyer (Crepúsculo, Eclipse, Lua Nova, Amanhecer). O site exibiu como produtos semelhantes os livros de receita da Dona Benta e a coleção de Chico Buarque. De semelhantes, os livros só tinham o formato de coleção.

Claro que alguém que lê Meyer pode ser apaixonado por culinária ou ter um gosto mais refinado nas horas vagas e ler Chico Buarque. Mas ainda acho que esse recorte não abrange tantos compradores.

A reportagem “A Ciência do Palpite” da Veja dessa semana me tranqüilizou. A matéria mostra que os cientistas da computação já estão preocupados em apurar esses sistemas de recomendações. Prova disso é que o site americano de aluguel de filmes NetFlix oferece o gordo prêmio de 1 milhão de dólares para quem conseguir melhorar em 10% a precisão de seu sistema de recomendações.

Pelo valor da recompensa já dá para imaginar o quanto o site pretende lucrar, mas o lucro também será dos clientes que não serão mais bombardeados com opiniões de vendedores virtuais semelhantes a muitos que encontramos em lojas físicas que sugerem por sugerir na tentativa de chutar um produto para engordar a sua sacola.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Delícias literárias

Quase todos os dias, sem nenhum motivo, tenho flashes de cenários que só vi em livros. Já estive, por exemplo, na fonte em que Capitu e Bentinho trocaram juras de amor. Já estive no pomar em que Brás Cubas passeou com a menina bonita e coxa: “Por que bonita, se coxa? Por que coxa, se bonita?”.

Um dia desses estava no ponto de ônibus e no quarto da “Senhora” de Alencar. Segundos depois, já estava no esconderijo de Anne Frank.

A literatura tem desses prazeres.

Quando mantinha diários, na adolescência, escrevia sobre meus dias ora com mais ironia e humor, ora com mais melancolia e tristeza. Tudo dependia do estilo do autor que eu estava lendo naquele momento.

A literatura trouxe companhia para a filha única que eu me transformei. Nas minhas férias os livros me levavam para viajar enquanto meus pais trabalhavam.

Há delícias que só a literatura traz.

Gostaria de lembrar mais. Gostaria de lembrar trechos inteiros como fazia o mestre FT ao fechar os olhos no tablado das salas de aula.

Há quem diga que bom mesmo é viver a realidade sem fantasias. Eu discordo. Bom mesmo é viver os dois. E eu vivo.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Instituição atende crianças com paralisia cerebral grave

Por: Marianna Abdo
O que é paralisia cerebral?


A Paralisia Cerebral é uma lesão neurológica que ocorre no período em que o cérebro ainda não completou seu desenvolvimento, podendo se dar, antes, durante ou depois do nascimento. São 26.600 novos portadores a cada ano no Brasil, 2 em cada 1.000 nascem vivos nos países desenvolvidos, 7 em cada 1.000 nascem vivos no Brasil.


Cruz Verde

Fundada em 8 de dezembro de 1958, a Cruz Verde é uma instituição filantrópica sem fins lucrativos que atende crianças com paralisia cerebral grave. O objetivo é fornecer o máximo de assistência aos pacientes, por meio de um incessante trabalho envolvendo vários profissionais que buscam a manutenção do quadro e a qualidade de vida dos pacientes.


A Cruz Verde mantém três unidades de atendimento. No Hospital são mantidos 204 pacientes em regime de internação integral que recebem visitas da família duas vezes por semana. Alguns pacientes são crianças abandonadas que chegam ao Hospital encaminhados judicialmente. O serviço de internação é gratuito e 90% dos leitos são conveniados ao SUS.


No Ambulatório, as consultas são agendas e os atendimentos chegam a 18 mil por ano. Quando chega ao Ambulatório o paciente passa por uma avaliação neurológica que avalia: déficits motores, tono muscular aumentado e atraso no desenvolvimento psico-motor; e por uma avaliação de déficit cognitivo.


No Hospital-Dia, 25 crianças são atendidas diariamente durante oito horas e voltam para o convívio familiar no final do dia. Tanto pacientes graves que necessitam de maior respaldo, quanto pacientes que apresentam boa evolução são atendidos nessa unidade.


Todas as unidades contam com profissionais das áreas de enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia, hidroterapia, nutrição, médica, odontologia, psicologia e terapia ocupacional, totalizando 250 funcionários e 70 voluntários.


As terapias em conjunto buscam o máximo de independência da criança nas atividades diárias. Toda a parte de nutrição é preparada da própria unidade com a ajuda de fonoaudiólogas e nutricionistas.

Como ajudar


Os recursos públicos não cobrem as despesas da instituição. Por isso, a Cruz Verde precisa de doações para manter seu trabalho. “A instituição tem uma necessidade de compor o seu recurso mensal. Nós precisamos de recursos financeiros não só para projetos e equipamentos, mas também para subsidiar o próprio custeio da instituição”, explica Marilena.


- Doações em dinheiro


Podem ser feitas diretamente na Cruz Verde ou por conta bancária nos bancos:

Bradesco agência. 2282-9c/c 13.000-1

Itaú agência. 0368-9 c/c 20.000-2


As doações de alimentos, produtos de higiene e outros itens, também podem ser feitas diretamente na Cruz Verde. Mas se preferir ligue para o número (11) 5579-7335 e agende a retirada da doação.


- Sócio Contribuinte


O sócio-contribuinte recebe os boletos bancários em sua residência para que se possa efetuar a doação. O boleto vem em branco e pode ser pago em qualquer data.


- Bazar


As doações que não são utilizadas pelos pacientes são comercializadas no bazar, importante fonte de renda da instituição.


Mais informações:


Endereço: Rua Diogo de Faria, 695 – Vila Clementino – São Paulo – SP.Tel.: (11) 5579-7335

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Summus lança "Diário de Bollywood” na livraria da Vila - Lorena, dia 5

Além de autografar a obra, às 20h, o autor fará uma apresentação sobre o tema do livro no auditório da livraria.

A Summus Editorial e a Livraria da Vila - Lorena (SP) promovem no dia 5 de maio, terça-feira, das 19h30 às 22h, a noite de autógrafos do livro Diário de Bollywood, do jornalista Franthiesco Ballerini. Às 20h, o autor fará uma apresentação sobre o tema do livro no auditório da livraria. Misto de diário de campo e grande reportagem, a obra aborda as principais características do cinema indiano. O autor reflete com olhar crítico os pontos fortes, as dificuldades e o momento de transição histórica por que passa a indústria cinematográfica daquele país. A livraria fica na Alameda Lorena, 1731. O evento será no piso térreo.

Fruto de uma reportagem especial com visitas a estúdios, sets de filmagem, escolas e casas de diretores em Mumbai, na Índia, o livro mostra entrevistas exclusivas e fotografias que explicam como funciona o esquema de produção no país. Os ingredientes dos filmes são basicamente os mesmos: tramas românticas, roupas coloridas, cenários opulentos e muita, muita música e dança. Atores e atrizes possuem status de "deuses”. O fanatismo é tão exacerbado que os indianos constroem templos para venerar seus ídolos.

A paixão do indiano pela sétima arte vem de muitos anos. "O cinema era a única forma de entretenimento, já que a TV tinha apenas um canal até 1990 e o país ainda não faz parte do circuito de shows e peças que circulam pelo mundo”, explica Ballerini. Segundo ele, além de famosos pelas sequencias belíssimas de dança e música, os filmes são visualmente bonitos pelo trabalho de pós-produção (fotografia, edição de som etc.). "A temática, contudo, não agrada muito o mundo ocidental, por ser muito repetitiva, sempre com conotação emotiva, envolvendo mocinhos e mocinhas”, diz.

Apesar de o modo indiano de fazer cinema ser pouco apreciado pelo Ocidente, Ballerini acredita que ele pode ensinar muito aos brasileiros: "São informações fundamentais para nossa eterna tentativa de transformar a produção nacional em indústria autossustentável”. Para o autor, o cinema latino pode aprender muito sobre o funcionamento da indústria cinematográfica em um país em desenvolvimento, assim como a respeito da valorização de temas e produtos ligados à própria identidade cultural. "Por outro lado, também poderíamos ensinar a eles a liberdade de expressão, ou seja, como abordar qualquer assunto nas telas sem medo de censura, bem como a capacidade que temos de criar roteiros muito mais criativos e diversos”, diz.

Os indianos, no entanto, não se preocupam com a avaliação estrangeira de seus filmes. Eles têm orgulho de fazerem parte de um grupo seleto de países que pode exibir uma indústria de cinema autossutentável. "É muito comum que se ouçam em países da América Latina, por exemplo, comentários sobre os clichês, a pobreza temática e até brincadeiras pejorativas envolvendo o nome Bollywood, dando conta de que não se pode, em tese, levar a sério uma indústria cujo nome é uma cópia adaptada de outra indústria. Mas nem os profissionais de Hollywood [...] pensam mais dessa maneira. A prova disso é que eles estão investindo fortemente em coproduções Estados Unidos-Índia, instalando escritórios em Mumbai e levando grande quantidade de roteiristas, diretores e produtores para explorar o local e trabalhar in loco”, esclarece Ballerini.

A grande premiação do filme Quem quer ser um milionário? – dirigido pelo britânico Danny Boyle, rodado na Índia e coproduzido por uma equipe indiana – no Oscar 2009 mostra que o mundo ocidental está aberto e interessado em novos olhares, de culturas distantes e ainda exóticas. "O filme tem pouco de bollywoodiano, exceto a música e a dança no fim. Mas, enquanto estava na Índia, notei a quantidade enorme de executivos ocidentais fazendo contatos com a indústria indiana, na tentativa de abocanhar um mercado que vende três bilhões de ingressos por ano e do qual Hollywood só conseguiu ter pouco mais de 8% do market share até hoje”, conclui.

O autor

Franthiesco Ballerini, jornalista, trabalhou como crítico de cine-ma do Jornal da Tarde por sete anos e foi colaborador de O Estado de S. Paulo com reportagens especiais e entrevistas de grandes estreias de Hollywood em Los Angeles. Mestre em Comunicação Social pela Universidade Metodista, é pós-graduado em história do cinema mundial e colaborou para revistas como Bravo!, Contigo!, Quem e Sci-fi News, tendo sido colunista cultural da Rádio Eldorado. Atualmente, é crítico de cine¬ma do jornal Valeparaibano e professor da Academia Internacional de Cinema de São Paulo. Tem participado de palestras e debates em diversas capitais do país por conta da repercussão da re-portagem especial na Índia.

Título: Diário de Bollywood – Curiosidades e segredos da maior indústria de cinema do mundo
Autor: Franthiesco Ballerini
Editora: Summus Editorial
Preço: R$ 34,60
Páginas: 128
ISBN: 978-85-323-0537-4
Atendimento ao consumidor: 11-3865-9890
Site: www.summus.com.br

Unifesp recruta voluntários

PESQUISA SOBRE CUIDADORES FAMILIARES

O estudo visa verificar os efeitos de práticas de yoga e meditação na redução do estresse, da ansiedade e da depressão dos cuidadores familiares, de ambos os sexos, de pacientes com doença de Alzheimer. Os cuidadores deverão ter 30 e 65 anos e, no mínimo, o segundo grau completo de escolaridade, não apresentar asma, doença pulmonar obstrutiva crônica, síndrome de cushing ou diabetes mellitus; não fazer uso de corticóide tópico, nasal ou qualquer forma de apresentação nos últimos trinta dias, álcool (mais do que cinco doses por semana), drogas de abuso e não ser praticante de yoga ou técnicas de relaxamento. Os interessados deverão entrar em contato com Sueli, secretária da Unidade de Medicina Comportamental do Departamento de Psicobiologia pelo telefone 5082-2382 das 9h às 16h.

PESQUISA SOBRE PARKINSON

O Laboratório Interdisciplinar de Neurociências Clínicas (LiNC), ligado ao Departamento
de Psiquiatria, busca pessoas, de ambos os sexos, para participar de pesquisa
sobre a Doença de Parkinson. Os voluntários devem ter entre 33 e 80 anos e concluído, no mínimo, a 4ª série do ensino fundamental. O LiNC oferece ajuda de custo (transporte e alimentação) durante a participação nas avaliações neuropsicológicas e neuroimagem. Também serão realizadas avaliações psiquiátricas e coleta de sangue (sem ajuda de custo). Os interessados em participar da pesquisa não podem: Apresentar a doença e nem possuírem parentesco consangüíneo; Ter doenças neurológicas de qualquer espécie ou diabetes; Fazer uso de medicações psiquiátricas ou uso de drogas.
Mais informações podem ser obtidas com Carmen, no telefone 7589-9509 ou por e-mail: carmen1sil@yahoo.com.br

PESQUISA SOBRE FIBROMIALGIA

O Centro de Estudo e, Psicobiologia do Exercício (CEPE), recruta mulheres com fibromialgia que não estão em tratamento medicamentoso para participarem de uma pesquisa que avaliará os efeitos da hidroterapia nesses pacientes. A Fibromialgia é uma condição dolorosa generalizada e crônica que engloba uma série de manifestações clínicas como dor, fadiga, indisposição, distúrbios de sono. As interessadas em fazer parte do projeto de pesquisa, devem ligar para (11) 55720177, falar com Sandra Queiroz ou Andressa da Silva, deixando nome completo, endereço residencial, telefone e e-mail para agendamento de entrevista.

PESQUISA SOBRE TRATAMENTO DO ALCOOLISMO

O Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) do Departamento de Psicobiologia está recrutando voluntários com idades entre 18 e 65 anos, de ambos os sexos, para participar de uma pesquisa clínica sobre o tratamento do alcoolismo. Os voluntários devem apresentar problemas relacionados ao uso de bebidas alcoólicas, mesmo tendo participado de tratamentos anteriores. Os interessados em fazer parte do estudo devem ligar para 5083-1084 e falar com Valéria.

Mais informações para imprensa:
CDN – Comunicação Corporativa
(11) 5579-1328 / 5085-0279 / 5539-4746 / 5571-4359

Inadimplência dos consumidores avança 22,6% em março

O Indicador Serasa Experian de Inadimplência de Pessoa Física apontou alta de 22,6% de inadimplência dos consumidores em março, na comparação com fevereiro.

As dívidas com bancos lideram o ranking de representatividade no primeiro trimestre de 2009 com 43,4%. Em seguida vêm as dívidas com cartões de crédito e financeiras seguidas dos cheques sem fundo.

O indicador do Serasa também mostrou o valor médio das dívidas. Segundo os dados, o brasileiro tem em média uma dívida de R$1357,47 com bancos, esse valor mostra uma queda de 1,5% em relação ao primeiro trimestre de 2008. A queda significa que com a crise o brasileiro ficou mais cauteloso em contrair dívidas. Já o valor médio de títulos protestados aumentou 11,9% e de cheques devolvidos, 31,2%.

Para os técnicos do Serasa Experian, o crescimento da inadimplência no primeiro trimestre de 2009 foi causado pela menor atividade econômica e pelo desemprego localizado em alguns setores. Os técnicos explicam ainda que os primeiros meses do ano são mais críticos para as finanças pessoais, agora agravadas pela crise.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Altos tributos aumentam preços de produtos consumidos na Páscoa

O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário divulgou a incidência de impostos nos principais produtos consumidos durante a Páscoa. O produto com maior tributação é o bacalhau, com 43,78% do valor final pago ao governo, seguido do bombom, com 37,61%.

Como as taxas não são informadas nos produtos, os consumidores estranham o aumento dos preços e acabam diminuindo o consumo. “O consumidor final não é informado dessa cobrança, e acaba não comprando porque não cabe no seu orçamento e, não, por causa da excessiva tributação”, disse o diretor técnico do Instituto, João Eloi Olenike.

A alta tributação também prejudica os pequenos produtores, que aproveitam a época para aumentar sua renda com a venda de chocolates caseiros, já que os materiais utilizados para produção e embalagem também tem altas taxas.

Segundo Olenike, a tributação incide em todas as etapas do ciclo econômico de produção, afetando o consumidor final. “Os tributos são elevados em função do legislador que, dentro da essencialidade destes, os considera supérfluos à população”, explica o diretor.

Taxas de tributos por produtos

Bacalhau (43,78%)

Bombom (37,61%)

Cartão (37,48%)

Coelhinho de pelúcia (29,92%)

Colomba pascal de chocolate (38,68%)

Colomba pascal tradicional (36,02%)

Fita para cesta (34%)

Laço de fita (34%)

Ovo de Páscoa (28%)

Papel celofane (34,48%)

Peixes em geral (34,48%)

Vinho (54,73%)

* Fonte: Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário - IBPT

sexta-feira, 13 de março de 2009

Planos de saúde lideram reclamações pelo nono ano consecutivo

Às vésperas do Dia do consumidor, comemorado no dia 15 de março, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) divulgou o ranking de atendimento de 2008. Pelo nono ano consecutivo os planos de saúde lideram as reclamações, seguidos de telecomunicação e setor financeiro. Juntas, as três áreas somam 60% dos 19.379 atendimentos realizados pelo Instituto.

As maiores reclamações dos planos de saúde referem-se aos reajustes abusivos e negação de cobertura para exames e cirurgias. A área de telefonia ganhou destaque pelas cobranças indevidas e dificuldade de cancelamento da linha. Os principais motivos de reclamações no setor de finanças foram as novas regras sobre tarifas bancárias, a cobrança de altos juros e os encargos nas faturas de cartões de crédito e financiamento.

"Esses dados refletem que, embora no último ano tenham ocorrido algumas vitórias para os consumidores como, por exemplo, a portabilidade de telefonia e planos de saúde e o decreto que regulamenta os Serviços de Atendimento aos Consumidores, ainda é preciso que as empresas respeitem mais o seu público e o Código de Defesa do Consumidor", disse Marcos Diegues, gerente jurídico do Idec.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Investir em imóveis é a melhor opção na terceira idade

Quando chegam à terceira idade, muitas pessoas decidem investir o dinheiro acumulado após anos de trabalho. Foi o caso da aposentada Rita de Cássia Pereira, que investiu suas economias em um apartamento em Santo André. “Como tenho casa própria, optei por comprar um imóvel para alugar e aumentar minha renda fixa mensal”, disse.

Para Mauro Calil, professor e educador financeiro do Centro de Estudos e formação de Patrimônio Calil &Calil, os investimentos que geram renda fixa são as melhores opções nessa faixa etária. “Nesta fase da vida não é recomendável correr risco, assim, imóveis alugados e renda fixa são os mais seguros e indicados”, explica o Calil.

Com a crise econômica muitos investidores se assustaram e deixaram de aplicar em ações. Isso gerou a volta de aplicações mais conservadoras representadas por imóveis, por exemplo. Essa tendência foi ainda maior nos investidores de terceira idade, que temem os riscos das rendas variáveis.

“Quando me aposentei pensei em investir em ações, mas tive medo de perder todo o meu dinheiro ou de que os lucros demorassem a aparecer. Preferi uma renda mensal e assim pude engordar a herança dos meus netos”, disse Rita de Cássia.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Setor alimentício cresce 4,5% no ABC; Coop é destaque

O setor alimentício na região do ABC não tem mostrado sinais de queda mesmo diante da crise econômica mundial. Segundo a Associação Paulista de Supermercados (Apas), o setor cresceu 4,5% na região.

Parte desse crescimento se deve ao aumento da renda da população nos últimos anos. Com a melhora do poder de compra, muitos cidadãos passaram a consumir mais. Por outro lado, famílias de classe média passaram a comprar produtos alimentícios mais diversificados. “Como os alimentos são necessários, normalmente não têm o consumo reduzido mesmo num cenário de crise. As famílias, de uma forma geral, preferem reduzir, no primeiro momento, o consumo de bens supérfluos como vestuário, eletrônicos e automóveis”, disse o economista e professor da Fundação Santo André, Pedro Raffy.

Aproveitando esse cenário de crescimento, a Coop (Cooperativa de Consumo) fechou 2008 com crescimento de 9,27%. Segundo o presidente da rede, Antonio José Monte, o resultado só foi possível graças a uma rígida campanha de contenção de gastos e melhora da produtividade.
O plano será mantido em 2009 objetivando ampliar a rede que tem 17 unidades no ABC. Já no primeiro semestre serão inauguradas duas unidades em Santo André. Além disso, outras duas lojas, já estão em estudos finais de implantação segundo o presidente.

Para Raffy, os alimentos serão os últimos a serem reduzidos nas listas de despesas das famílias. “O setor tende a manter o crescimento, contudo em um ritmo menor. Dependendo da duração da crise, o consumo de alimentos deve se reduzir de forma significativa devido ao aumento do desemprego e queda na renda. A taxa de crescimento do setor deve se situar em torno de 1,5% em 2009”, explica.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Mercado de reciclagem é afetado pela crise

A crise econômica mundial afetou o mercado de reciclagem. Segundo o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), os preços caíram até 60% em todo o Brasil. A queda se dá porque esses materiais são commodities, ou seja, matéria-prima com valor agregado negociada nas bolsas de mercadorias.

A desvalorização do dólar, moeda em que são cotados os materiais recicláveis, gerou a queda dos preços que é repassada ao longo da negociação até chegar aos catadores. “Nós somos fundamentais para essa cadeia produtiva, mas também os que ganham menos. O quilo do papelão caiu de R$0,35 para R$0,13 após a crise”, disse Sérgio Bispo, catador e secretário da Cooper Glicério, cooperativa de materiais recicláveis.

Além disso, o maior número de cidadãos e empresas praticando a reciclagem provocou o aumento da oferta desses produtos, diminuindo os preços. “O que acontece é que hoje há uma consciência ecológica em ascensão. A própria crise fez com que as empresas começassem a reaproveitar tudo que estava ao seu alcance, por conta da possibilidade de reduzir os custos. Num quadro de crise, esse tipo de postura é muito mais comum”, afirmou o economista David Heidorne, professor da Universidade Metodista.

Com os baixos lucros e a falta de perspectiva de um cenário positivo, muitos catadores já pensam em migrar para outras atividades informais. Para Heidorne, os sinais de recuperação do mercado não devem demorar a aparecer. “A extensão da crise no sistema financeiro é o que vai definir em quanto tempo os preços se estabilizarão. Talvez em seis meses vamos observar as primeiras reações de retomada. Em geral, crises que tem origem em setores financeiros são mais demoradas de serem resolvidas”.
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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Coisas do presidente

Colunista

Em 2009, o presidente Lula pretende ficar ainda mais perto do “povo”. Seguindo os passos de amigos populistas, como Hugo Chávez e Fidel Castro, o presidente planeja criar uma coluna (que seria chamada de “O presidente responde”) para ser distribuída aos jornais populares do país.

Nem amarrada
Não há um jornal que deixa de, pelo menos uma vez por semana, especular sobre o candidato à sucessão do presidente Lula. Passando os olhos por essas notícias, há sempre um nome que pula da página: DILMA ROUSSEFF.

Mesmo assim permanece o mistério. Nem a ministra nem o presidente dão qualquer declaração aberta sobre o assunto. A frase: “Essa resposta você não tira de mim nem amarrada”, dita por Dilma Rousseff a um jornalista curioso, ficou famosa essa semana.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Eu desisto!

“Desisti. E isso é a coisa mais triste que tenho a dizer. A coisa mais triste que já me aconteceu. Eu simplesmente desisti.Não brigo mais com a vida, não quero entender nada.
(...)
Passei a vida sendo a irritadinha, a que queria tudo do seu jeito”
(Tati Bernardi)



Eu desisti de entender qualquer coisa. Desisti de questionar pela milésima vez coisas que nunca entendi. Parei de pensar antes de dormir. Agora eu caio na cama e babo. Não penso mais nas contas que tenho que pagar, no que aconteceu há anos e até hoje não compreendi. Não penso mais antes de dormir e sou mais feliz assim.

Eu não quero mais saber por que meu irmão morreu com sete anos de idade. Não quero mais entender por que não fiquei doente no lugar dele. Não quero mais saber por que aconteceu isso com uma pessoa tão boa como a minha mãe.

Eu quis saber. Não quero mais. Não quero porque sei que nunca saberei. Não corro mais atrás do que nunca acontecerá. Nem penso mais nisso. Eu fico só com a dor. A dor que não vai passar. Mas uma dor sem questionamento. E quando com o choro de dor vêm as lágrimas da revolta eu as afasto. Não quero mais.

Eu não quero mais entender por que existem mães loucas no mundo. Eu não quero mais saber por que uma ligação telefônica pode colocar tudo a perder. Eu não quero mais saber o que pensam de mim e nem por que pensam aquilo de mim. Eu não quero mais saber por que sempre sou a vice num processo seletivo.

Aceito qualquer frase que me digam após uma derrota ou decepção. Qualquer coisa já me conforta. Qualquer coisa que me dê um pouquinho de esperança para tentar mais uma vez, mas que não me faça questionar nada.

Aceito “não era pra ser”, “o que é pra ser nosso ninguém tira”, “Deus sabe o que faz”. “um dia você vai entender que foi melhor assim”, “Deus quis assim”. Aceito tudo! Digam o que quiser. Tire a revolta de mim, eu aceito.

Algum dia de Dezembro

Eu podia estar matando, roubando, mas eu estou pensando em você. No meu sonho dormido você estava doente, no meu sonho acordado você estava sendo atropelado. Imagino situações que poderiam cruzar nossos destinos, situações absurdas, situações que te atropelam.

Se você fosse atropelado na minha frente eu poderia te ajudar. Poderia cuidar de você, segurar sua mão e falar que tudo ficará bem. Mesmo que eu não tivesse certeza de nada. E eu poderia chorar. Chorar pela hipótese de nunca mais te ver. E eu poderia fazer por você o que eu nunca fiz.

E depois que ficasse tudo bem, eu poderia te entregar para todas as pessoas que me odeiam e nunca mais falar com você de novo. Mas teria feito o que nunca fiz, chorado por você as lágrimas que nunca chorei, provado que eu sou capaz de cuidar de você, que eu não sou mentirosa. Quem sabe todo esse remorso sumisse aqui de dentro.

O carro não podia te matar. Teria que deixá-lo tonto, de uma forma que você não pudesse recusar minha ajuda. Quando você acordasse lembraria de mim, quem sabe até chamaria meu nome. Quem sabe recuperaria a versão romântica que tinha de mim. Quem sabe esqueceria que quase foi atropelado uma vez por minha causa.