quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Vida no lixo


A Cooper Glicério é uma cooperativa de catadores, localizada na Baixada do Glicério (próxima a Liberdade). O objetivo é promover a inclusão social de homens e mulheres catadores de materiais recicláveis.

A cooperativa é originária de um projeto socioeducativo denominado Recifran. Aos poucos, o grupo foi crescendo e em maio de 2006 virou a Cooper Glicério. Desde então, os catadores vêm buscando apoio do governo e de entidades não-governamentais.

Os materiais recicláveis chegam ao local por meio das doações de empresas, de cidadãos e da própria coleta dos catadores.

Os 35 cooperados já têm sentido os efeitos da crise norte-americana. Segundo o catador e secretário da Cooper Glicério, Sérgio Bispo, o valor do quilo de papelão caiu de R$0,35 para R$0,13 após a crise.

Com a baixa dos preços, as doações são ainda mais importantes para que esse trabalho continue. “Seria muito bom se todos pensassem em dar um destino final, um destino correto para os resíduos que são recicláveis”, disse Sérgio.

35 famílias vivem da coleta seletiva de lixo. Todos ganham por produção e a renda mensal pode chegar a até R$600,00. “Com a organização nós conseguimos muitas coisas. Muitos viviam em albergues ou cortiços, hoje vivem em um lugar melhor. O Movimento Social dos Catadores contemplou 90 catadores com casas que podem ser pagas em até 20 anos”.

Na cooperativa há também a coleta de óleo de cozinha usado. Esse é o produto mais lucrativo e mais fácil de comercializar. As empresas que compram esse óleo usado o transformam em biodiesel.

Em São Paulo são 20 mil catadores que abastassem as indústrias. 70% da matéria-prima que chega à indústria saí da mão dos catadores. “Nós somos fundamentais para essa cadeia produtiva, mas também os que ganham menos. Se nós somos os principais, por que nós ganhamos tão pouco?”, disse Sérgio.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Reciclar


Foto da Cooper Glicério, cooperativa de reciclagem.