sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Setor alimentício cresce 4,5% no ABC; Coop é destaque

O setor alimentício na região do ABC não tem mostrado sinais de queda mesmo diante da crise econômica mundial. Segundo a Associação Paulista de Supermercados (Apas), o setor cresceu 4,5% na região.

Parte desse crescimento se deve ao aumento da renda da população nos últimos anos. Com a melhora do poder de compra, muitos cidadãos passaram a consumir mais. Por outro lado, famílias de classe média passaram a comprar produtos alimentícios mais diversificados. “Como os alimentos são necessários, normalmente não têm o consumo reduzido mesmo num cenário de crise. As famílias, de uma forma geral, preferem reduzir, no primeiro momento, o consumo de bens supérfluos como vestuário, eletrônicos e automóveis”, disse o economista e professor da Fundação Santo André, Pedro Raffy.

Aproveitando esse cenário de crescimento, a Coop (Cooperativa de Consumo) fechou 2008 com crescimento de 9,27%. Segundo o presidente da rede, Antonio José Monte, o resultado só foi possível graças a uma rígida campanha de contenção de gastos e melhora da produtividade.
O plano será mantido em 2009 objetivando ampliar a rede que tem 17 unidades no ABC. Já no primeiro semestre serão inauguradas duas unidades em Santo André. Além disso, outras duas lojas, já estão em estudos finais de implantação segundo o presidente.

Para Raffy, os alimentos serão os últimos a serem reduzidos nas listas de despesas das famílias. “O setor tende a manter o crescimento, contudo em um ritmo menor. Dependendo da duração da crise, o consumo de alimentos deve se reduzir de forma significativa devido ao aumento do desemprego e queda na renda. A taxa de crescimento do setor deve se situar em torno de 1,5% em 2009”, explica.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Mercado de reciclagem é afetado pela crise

A crise econômica mundial afetou o mercado de reciclagem. Segundo o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), os preços caíram até 60% em todo o Brasil. A queda se dá porque esses materiais são commodities, ou seja, matéria-prima com valor agregado negociada nas bolsas de mercadorias.

A desvalorização do dólar, moeda em que são cotados os materiais recicláveis, gerou a queda dos preços que é repassada ao longo da negociação até chegar aos catadores. “Nós somos fundamentais para essa cadeia produtiva, mas também os que ganham menos. O quilo do papelão caiu de R$0,35 para R$0,13 após a crise”, disse Sérgio Bispo, catador e secretário da Cooper Glicério, cooperativa de materiais recicláveis.

Além disso, o maior número de cidadãos e empresas praticando a reciclagem provocou o aumento da oferta desses produtos, diminuindo os preços. “O que acontece é que hoje há uma consciência ecológica em ascensão. A própria crise fez com que as empresas começassem a reaproveitar tudo que estava ao seu alcance, por conta da possibilidade de reduzir os custos. Num quadro de crise, esse tipo de postura é muito mais comum”, afirmou o economista David Heidorne, professor da Universidade Metodista.

Com os baixos lucros e a falta de perspectiva de um cenário positivo, muitos catadores já pensam em migrar para outras atividades informais. Para Heidorne, os sinais de recuperação do mercado não devem demorar a aparecer. “A extensão da crise no sistema financeiro é o que vai definir em quanto tempo os preços se estabilizarão. Talvez em seis meses vamos observar as primeiras reações de retomada. Em geral, crises que tem origem em setores financeiros são mais demoradas de serem resolvidas”.
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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Coisas do presidente

Colunista

Em 2009, o presidente Lula pretende ficar ainda mais perto do “povo”. Seguindo os passos de amigos populistas, como Hugo Chávez e Fidel Castro, o presidente planeja criar uma coluna (que seria chamada de “O presidente responde”) para ser distribuída aos jornais populares do país.

Nem amarrada
Não há um jornal que deixa de, pelo menos uma vez por semana, especular sobre o candidato à sucessão do presidente Lula. Passando os olhos por essas notícias, há sempre um nome que pula da página: DILMA ROUSSEFF.

Mesmo assim permanece o mistério. Nem a ministra nem o presidente dão qualquer declaração aberta sobre o assunto. A frase: “Essa resposta você não tira de mim nem amarrada”, dita por Dilma Rousseff a um jornalista curioso, ficou famosa essa semana.